Um dos pilares mais importantes nos programas de Excelência Operacional em industriais diz respeito a Organização do trabalho nos setores produtivos, com muitas empresas adotando a implantação de equipes auto gerenciáveis em vários de seus processos.
Muitas empresas tem percebido a importância em considerar seus diferenciais competitivos no conhecimento e competências de seus colaboradores, mais do que sobre o capital ou recursos tecnológicos que podem ser rapidamente copiados.
Desde o final dos anos 90 muitas empresas vêm se aplicando projetos de Mudança em seus modelos de organização, capaz de desenvolver e explorar os conhecimentos de cada colaborador, com especial atenção a áreas de operação.
O modelo clássico de organização corresponde a um mundo relativamente estável e previsível. Com os modelos econômicos cada vez mais VUCA (voláteis, incertos, complexos e ambíguos), as estruturas tradicionais devem dar lugar às organizações capazes de perceber rapidamente as evoluções e reagir de acordo com as oportunidades.
O modelo tradicional hierarquizado deixa pouco espaço à iniciativa individual e à criatividade onde a maioria das organizações perdeu muito do espírito inovador que um dia foi a fonte de seu sucesso. Não são poucas as organizações que contam com até 7 níveis hierárquicos entre a Presidência e os Operadores.
Desta forma ganham cada vez mais força os movimentos de Empowerment.
Processo na qual o empregado desenvolve conhecimento, sabedoria, autoridade e vontade para decidir e agir dentro de limites prescritos, atuando com mais autonomia para maior contribuição para o sucesso da empresa nos quesitos satisfação do cliente, segurança nas operações, qualidade e valor de produtos e serviços, proteção ao meio ambiente, resultados dos negócios e melhoria contínua de processos, produtos e pessoas.
Onde recursos e responsabilidades são delegados para pequenas unidades autônomas para que se desenvolva uma cultura de autodisciplina e de apoio.
Este tipo de organização incita seus colaboradores a agirem como se gerenciassem sua própria empresa, ampliando o sentido de propriedade e de participação.
Para isso deve-se facilitar a aquisição de competências pelos operacionais, para assumir responsabilidades de empreendedores, mas também desenvolver uma cultura de confiança, permitindo a tomada de riscos e execução de tarefas que envolvem conhecimento e treinamento técnico, coleta de informações e organização por processos.
O potencial completo do empowerment é atingido quando os empregados alinham seus objetivos com os propósitos da organização; têm a autoridade e oportunidade de maximizar sua contribuição; são capazes de tomar as ações apropriadas e têm os meios de alcançar estes objetivos.
Empowerment = Alinhamento x Responsabilidade x Capacitação x Comprometimento.
Os principais benefícios das EAG são:
Agora que você já conhece o conceito e se interessou, vamos te orientar em como conduzir o processo.
1 – Defina o seu objetivo
Primeiro e mais importante. Por que você quer montar uma equipe auto gerenciável? Qual objetivo que você busca atingir?
Quais são os critérios de sucesso desse projeto?
Quem é o cliente ou usuário desse resultado final que o grupo busca alcançar?
Quando os funcionários sabem o que se espera deles, é mais fácil a organização ser bem sucedida.
Ao responder essas perguntas, você terá uma noção mais clara do propósito do projeto.
2 – Identifique as especialidades necessárias
Agora que você já sabe para onde ir, você precisa entender que tipo de talentos, habilidades e conhecimentos são necessários para o grupo. Faça uma lista das competências necessárias, tanto técnicas quanto sócio emocionais, Hard e Soft skills.
3 – Selecione as pessoas certas
Busque pessoas diversas, mas que compartilhem do objetivo e se interesse por ele.
4 – Monte um time pequeno
Comece com um time pequeno, de preferencia com menos de 10 integrantes e depois expanda com o sucesso.
5 – Defina papéis claros e padronize os processos.
Trabalhar em uma equipe multidisciplinar requer também processos e estrutura. Um ótimo começo é esclarecer quais são os papéis que cada pessoa deve desempenhar.
Não se esqueça das funções de apoio – manutenção – qualidade – processos, que devem fazer parte da equipe. Isso vai ajudar especialmente na hora de tomar decisões importantes.
O interesse coletivo deve ser o foco da sua liderança. Isso acontece por meio de um planejamento estratégico e reconhecimento da importância da atuação de cada um dos profissionais envolvidos.
Estabelecer limites evita a disputa por controle, ajuda a manter um funcionamento saudável e estabelece a sua identidade como mentor de uma equipe, sem precisar fazer uso da autoridade ou poder.
8 – Tenha um facilitador
É importante que a sua equipe tenha pelo menos algum integrante com habilidades de facilitação. Habilidades de facilitação são vitais para manter a saúde do grupo, tanto nas relações quanto em questões mais pragmáticas, como tomada de decisão.
Certamente inúmeros benefícios em grande escala, incluindo os financeiros, serão atingidos com um projeto bem elaborado e implementado.
Equipes auto gerenciáveis constituem um importante elemento no alinhamento da estrutura organizacional e são o alicerce das organizações de alto desempenho.
Pense nisto!!!
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